Reciclar é algo que me atrai, fui ao moinho passei pela manjedoura e vi alguns garrafões que eram usados pelos meus pais para colocar a aguardente que produzíamos, agora as uvas apodrecem nas videiras e os garrafões que outrora não eram suficientes, deterioram-se .
Fiquei ali parada a olhar e a recordar tudo o que vivi e a azafama que eram as vindimas.
Peguei em 2 trouxe para a rua e comecei a tirar a palha... absorvida em mil pensamentos,
fui tirando até até ficar só com o vidro na mão.
Nem só ao empalhado o tempo "roubou" a juventude, aos meus pais também, eu sigo pelo mesmo caminho, por mais que o ser humano se esforce esta é a lei da vida.
Com os garrafões sujos nas mãos não evitei que a água salgada dos meus olhos brotasse, como que a dissolver a dor e pressão que sentia no peito, por não ter ali os meus pais.
PAIS nunca vos vou esquecer, eis o que fiz a este! Posso decorar vários ambientes.
Brevemente darei vida ao outro.
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