A pena foi durante mais de dois milénios praticamente o único instrumento de escrita das sociedades civilizadas. As penas preferidas eram as de ganso, de cisne ou de pato, devido à sua cânula larga e oca que se tornava um bom depósito para a tinta. Depois de convenientemente limpas e secas, a ponta era afiada em bisel e levemente fendida para que a tinta escoasse com regularidade. Naturalmente com o uso essa ponta desgastava-se pelo que voltava-se a afiá-la.
O uso da pena estendeu-se até quase aos nossos dias, sendo portanto um dos materiais de escrita cuja utilização mais perdurou. Tornou-se assim o símbolo, o ex-libris da escrita e da literatura, como Camões invoca no verso que se colocou como epígrafe da primeira parte deste artigo Numa mão sempre a espada e noutra a pena.
A pena tornou-se símbolo de cultura e erudição, mesmo quando essa cultura não era estritamente literária. Cientistas, políticos, homens de leis, militares e mesmo burgueses, faziam questão de serem retratados ostentando esse símbolo.
Não sou figura literária, mas ainda aprendi a escrever com caneta de tinta permanente que mergulhava ao de leve no tinteiro para não borrar a escrita.
Gosto muito deste meu quadro e a minha filha também. Um dia Pediram-mo eu disse que sim, ela disse que não.
Decorar com a Antónia
https://www.facebook.com/decorarcomaantonia?fref=ts
Email: acosta.6288@gmail.com
Sem comentários:
Enviar um comentário